Há momentos em que somos tímidos para expressar o amor que sentimos, por medo de envergonhar a outra pessoa ou de nos envergonharmos a nós mesmos.
Fugimos de dizer "te amo" e tratamos de dizer esse amor com outras palavras. “Dizemos “se cuida”... “se comporta bem”... etc., mas, realmente, estas são maneiras diferentes de dizer “te amo”... “Você é importante para mim"... "Eu me importo com o que acontece contigo”... "não quero que estejas mal".
Somos estranhos. Até queremos dizer. Mas ás vezes ficamos na espera para que alguém diga primeiro ou somente preferimos escutar o amor nas palavras que as outras pessoas nos dizem.
Um elogio dito carinhosamente transporta mais afeto e amor que os sentimentos que são expressos de maneira pouco sincera. Um abraço ou um beijo impulsivo dizem "te amo", mesmo quando as palavras dizem algo diferente. Qualquer expressão de preocupação significa "te quero bem".
Dizemos "te amo" de muitas maneiras: com pequenos presentes, com bilhetes, com sorrisos e, às vezes, com lágrimas. Outras vezes, mostramos o nosso amor quando nos mantemos em silêncio, sem dizer uma palavra. Muitas outras vezes, temos de demonstrar amor, perdoando alguém que não tenha conseguido perceber o amor que a gente tentou expressar.
Demonstrar o amor é uma forma de deixar a vida transbordar dentro do próprio coração.
A maioria das pessoas estabelece datas especiais para manifestar o seu amor pelo outro. Ou demonstram no aniversário... Natal... Dia dos namorados etc. Para muitos, expressarem o amor é como usar talheres de prata: é bonito, sofisticado, mas somente em ocasiões muito especiais.
Outros nunca dizem por acreditar que o outro já sabe E que não é preciso dizer.
Conta um médico que uma cliente sua, esposa de um homem avesso a externar os seus sentimentos, sofreu um infarto do miocárdio e foi levada às pressas para o hospital.
Operada de emergência, mas sem nenhum resultado satisfatório para o restabelecimento de sua saúde.
O médico, um tanto preocupado, a fim de sugestioná-la, lhe disse:
- Pensei que a senhora quisesse ficar curada para voltar para o seu lar e o seu marido. Ela respondeu, sem nenhum entusiasmo:
- Meu marido não precisa de mim. Aliás, ele não necessita de ninguém. Ele sempre diz isto.
Naquela noite, o médico falou para o esposo que a sua mulher não queria ficar curada. Que ela estava sofrendo de profunda carência afetiva que estava comprometendo a sua cura. A resposta do marido foi curta, mas precisa:
- Ela tem de ficar boa.
Ele muito preocupado vai ate o quarto e traduzindo na voz uma verdadeira afeição, diz para a esposa:
- Querida, você precisa ficar boa.
- Por quê? Perguntou ela, sem nem mesmo abrir os olhos.
- Porque você representa muito para mim. Você é a minha vida! Eu sofreria muito se ficar sem você.
Houve uma pausa. O pulso dela bateu mais depressa. Seus olhos se abriram.
- Você nunca me disse isso.
- Estou dizendo agora.
Mais tarde, com surpresa, o marido ouviu a opinião do médico sobre a causa principal da cura da sua esposa. As suas palavras de carinho fizeram a diferença entre a morte e a vida.
É importante saber dizer: amo você! O gesto carinhoso, a palavra gentil autêntica, a demonstração afetiva num abraço, numa delicada carícia funcionam como estímulos para o estreitamento dos laços indestrutíveis do amor. Deveríamos em nossos relacionamentos com as pessoas, quebrar a cortina do silêncio e falar mais dos nossos sentimentos, sem vergonha e sem medo.
A pessoa cuja presença é uma declaração de amor consegue criar um ambiente especial para si e para os que convivem na sua companhia. Quem diz ao outro: eu amo você, expressa a sua própria capacidade de amar, mas também, afirma ao outro o quanto ele é amado, criando assim uma atmosfera de amor ao seu redor.
Não Basta amar o outro. É preciso que ele saiba o quanto é amado!
Pense nisso!
Sandra Barbosa®
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